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SPU estuda repassar áreas para estacionamento de caminhões na Baixada Santista

Fonte: A Tribuna On-line
 
Autoridade Portuária de Santos prepara chamamento público para a exploração dos futuros pátios

 
A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) estuda destinar áreas federais em Santos e Guarujá para o setor portuário - especificamente, para a implantação de estacionamentos de caminhões. Elas devem ser repassadas para a Autoridade Portuária de Santos. Em paralelo, a estatal que administra o cais santista prepara um chamamento público para a exploração de pátios.
 
O repasse dessas áreas da União foi discutido em reunião por videoconferência com a participação do secretário nacional de Coordenação e Governança da SPU, Mauro Filho, do diretor-presidente da Autoridade Portuária, Fernando Biral, e da deputada federal Rosana Valle (PSB).
 
No encontro virtual, a equipe técnica da SPU informou que há ao menos 15 grandes áreas já identificadas que podem resolver problemas urgentes da região. O plano de negócios para a Baixada Santista, chamado de programa Regulariza+ e que deve ser lançado no próximo mês, resolverá questões como a destinação de áreas para projetos habitacionais que ajudem a reduzir déficit de 100 mil moradias, como também a falta de estacionamento para 3 mil caminhões nas margens esquerda e direita do Porto.
 
Para o presidente da Autoridade Portuária, a falta de locais para estacionamento de caminhões precisa de solução “urgente”. Hoje, os caminhoneiros que atuam no Porto utilizam as vias públicas e estacionamentos irregulares para pararem seus veículos durante a noite ou nos intervalos de trabalho.
 
Isto causa problemas nas manutenções de vias e até na segurança pública, o que não é cenário ideal para a relação Porto-Cidade. Diante da questão, há ainda maior necessidade de regularizar os estacionamentos já existentes e incorporar novas áreas.
 
O objetivo, segundo a Autoridade Portuária, é ofertar vagas em número suficiente para atender a todos os caminhoneiros, retirando-os das vias públicas. Por isso, a estatal prepara um chamamento público para ofertar a exploração desses locais a terceiros, que deverão prover infraestrutura para os caminhoneiros. Banheiros, vestiários e refeitórios estão na lista de itens que devem ser oferecidos.
 
Existe uma projeção de que, até 2040, sejam necessárias mais 700 vagas, o que pode vir a ser um gargalo gerador de conflitos logísticos. Por isso, a Autoridade Portuária está em tratativas com a SPU para solicitar áreas fora do porto organizado para suprir a demanda futura.
 
Plano 
 
A SPU informou que o plano contemplará esta solução urgente e que todos os atores envolvidos, como prefeituras, Porto, universidades e clubes, entre outros, poderão contribuir com sugestões. O representante do órgão ressaltou, ainda, a necessidade de reunir interessados para se ter vários olhares sobre o tema.
 
“São problemas cujas soluções interferem e conflitam entre o setor portuário, de moradia e até de clubes esportivos e projetos educacionais, como o da Unifesp, uma vez que todos dependem da regularização e destinação de áreas da União muito disputadas”, afirmou a deputada Rosana Valle.
 
Para o secretário, a SPU tem avançado nas interlocuções com os municípios. “As ações que estamos desenvolvendo têm valor econômico, social e ambiental de grande magnitude. Neste caso, elas contribuirão para o desenvolvimento socioeconômico da região e impactarão a vida de milhares de pessoas que moram e trabalham na Baixada Santista”. 
 

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