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Distrito portuário ameaça a cidade e o Porto de Santos

Fonte: Portogente
 
O risco sempre está associado à chance de acontecer um evento indesejado. O risco sempre pode ser gerenciado.
 
Persiste a negligência com a fiscalização da segurança do Distrito Industrial e Portuário da Alemoa, encravado entre o Porto de Santos e a cidade. No local são operadas e armazenadas mercadorias perigosas suficientes para exterminar milhares de vida da população local. Há muito, Portogente vem denunciando e debatendo essa situação, que ameaça se agravar.
 
Situado na principal entrada da cidade, nele em 2015 ocorreu o maior incêndio da história portuária do Brasil, e que ainda não se apagou em muitas memórias. O terminal da Ultracargo em chamas, por descumprimento de normas da sua segurança, ameaçou o distrito da Alemoa e prejudicou o acesso ao porto durante uma semana. Pior, causou prejuízos sociais e ecológicos terríveis.
 
Nesta área de 3 milhões de metros quadrados operam terminais de porte, com infraestrutura inadequada. Sem entrar no mérito da causa dessa situação que responsabiliza o Município, o Estado e a Autoridade Portuária, este caos não pode, certamente, continuar sem compromisso com a implantação de um projeto de engenharia que assegure mobilidade e rota de fuga seguras, em caso de acidente.
 
O projeto portuário sustentável deve ser comprometido com sua força de trabalho e com a comunidade que ele afeta. Conceitos de sustentabilidade e governança exigem uma nova cultura operacional em que segurança, saúde e proteção estão no topo da lista de prioridades. Por isso, é imperativo deter a intenção rentista de ampliar, com puxadinho, a atual capacidade de operação do distrito industrial de Alemoa.
 
Nesse distrito operam empresas cujas marcas mundiais exigem e estão atreladas à conformidade com leis e regulamentos. Com esse horizonte, é preciso debater, colocar luz e cobrar responsabilidade sobre fatos inaceitáveis, que ameaçam à vida e apequenam o futuro.
 

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