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Santos Brasil vai disputar terminal de combustível

Fonte: Valor Econômico

Grupo deve participar da concorrência por quatro terminais de granéis líquidos no porto de Itaqui (MA), em abril
 

 
A operadora portuária Santos Brasil planeja intensificar sua diversificação de cargas neste ano e tem buscado parceiros para operar terminais de combustíveis no Maranhão, segundo o presidente da companhia, Antonio Carlos Sepúlveda. A empresa se prepara para o leilão de quatro terminais de granéis líquidos no Porto de Itaqui (MA), que serão licitados no início de abril.
 
“Estamos estudando profundamente, buscando parceiros para levar ao menos um desses terminais”, afirmou o executivo. Na concorrência, que será realizada na sede da B3, vencerá o grupo que oferecer o maior valor de outorga por cada um dos ativos.
 
No fim deste ano, também está previsto o leilão de dois grandes terminais de granéis líquidos no Porto de Santos. Em relação a essa concorrência, ele afirma que ainda é cedo. “Vamos olhar, mas depois [da licitação de abril].”
 
A Santos Brasil opera cinco terminais portuários no país, em Santos, Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA). O mais relevante deles é o terminal de contêineres em Santos. A empresa, porém, tem se preparado para entrar em novos segmentos. Com esse objetivo, em setembro de 2020, o grupo levantou R$ 790 milhões em uma oferta subsequente de ações.
 
“Somos um dos maiores grupos de contêineres do país, mas identificamos outros negócios que crescem em um ritmo mais acelerado, como as cargas ligadas ao agronegócio. Além disso, vivemos um ciclo de muitos contratos vencendo e um governo pró ativo. É uma grande janela de oportunidades que se abre”, diz.
 
Recentemente, a empresa conquistou dois contratos temporários no Porto de Santos, na região do Saboó. O primeiro foi firmado em maio de 2020 e, o segundo, foi arrematado em janeiro. O objetivo é movimentar carga geral, principalmente as chamadas cargas de projeto – equipamentos, peças e maquinário em geral.
 
A operação acaba de ser inaugurada, com a chegada de um transformador de 217 toneladas ao primeiro terminal, cujo início dos trabalhos sofreu um atraso. Também há planos de movimentar sucata ferrosa e fertilizantes no local, segundo o diretor comercial, Ricardo Buteri.
 
No segundo terminal no Saboó, também temporário, o grupo deve operar cargas de projeto, veículos e contêineres vazios. As duas operações são provisórias, e devem durar até que a área seja licitada definitivamente. Essa modalidade de contrato foi criada para evitar ociosidade no porto.
 
O governo ainda faz estudos para decidir o destino final do Saboó, que fica na margem direita do porto. O projeto está em aberto, mas no mercado já há expectativas de um leilão grande e disputado. Uma possibilidade é transformar o local em um novo terminal de contêineres.
 
Para Sepúlveda, seria mais interessante destinar a área à movimentação de carga geral. “A região do Saboó é a última generalista do porto de Santos”, diz. Além disso, o executivo defende que o local é ideal para a movimentação de cargas de projetos, devido a seus acessos, sua localização e pela demanda forte no Estado de São Paulo pelo produto.
 
Outro forte objetivo da companhia é entrar na operação de grãos. Até o momento, não houve uma oportunidade concreta de leilão de granéis sólidos, mas é um segmento que está no radar, afirma o presidente.
 
Além disso, a empresa planeja investir em sua operação logística, para criar um serviço “de porta a porta” aos clientes – uma tendência que tem crescido no setor. A Santos Brasil já tem uma frota de 140 caminhões e dois centros de distribuição em São Bernardo do Campo – um deles foi inaugurado em outubro. 
 

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