Notícias

Canal do Panamá pode reduzir custo do frete de grãos em 35%, diz Conab

Fonte: Valor Econômico
 
Segundo estudo, rotas marítimas pelo Pacífico poderiam baratear embarques pelos portos do Arco Norte
 
 
Um estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que os custos totais para exportar granéis pelos portos do Arco Norte podem cair até 35% se empresas e produtores utilizarem rotas marítimas pelo Pacífico. O recuo ocorreria mesmo com o pagamento da taxa de utilização do Canal do Panamá.
 
O valor do pedágio pelo Canal é calculado com base no valor da carga transportada, sendo o custo médio da passagem de um navio em torno de US$ 150 mil. A depender do tamanho da embarcação, o valor pode chegar a quase o dobro disso.
 
A análise realizada por técnicos da Conab mostra o Canal do Panamá como importante alternativa para melhorar a competitividade dos produtos agrícolas brasileiros, uma vez que pode representar menor tempo de navegação, com decorrente redução do frete, custos operacionais, combustível e emissões, entre outros, bem como possibilitar a abertura de novos mercados de origem asiáticas.
 
“O que se precisa para atingir esse índice de redução são algumas melhorias na infraestrutura, para adequar a realidade portuária brasileira a essas oportunidades, como a utilização do Canal do Panamá”, pondera o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth, em nota. “Por isso, algumas empresas brasileiras e terminais portuários já assinaram acordo internacional de intercâmbio de informações e cooperação técnica com as autoridades panamenhas”.
 
O estudo da Conab não dá mais detalhes de outras rotas internacionais para comparação.
 
Em relação ao frete interno, a estatal afirma que, com o início da colheita da soja, a contratação do serviço de frete rodoviário em janeiro começou aquecida em Mato Grosso. No entanto, mesmo com o aumento de até 18% nos preços, quando comparado com dezembro do ano passado, os valores ainda estão até 16% menores em relação ao mesmo período em 2020.
 
“A expectativa é que as cotações aumentem ainda mais em fevereiro e março, à medida que a colheita da oleaginosa avance pelo país”, diz o texto.
 

Imprimir Indicar Comentar

Comentários (0)

Compartilhe