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Operação demandará medida extra de segurança

Fonte: A Tribuna On-line
 
Algumas recomendações deverão ser seguidas para garantir a navegação segura de navios com até 366 metros de comprimento no cais santista. Elas incluem a presença de rebocadores de reserva, além de condições específicas de ventos e velocidade.
 
Para que essas atracações aconteçam, o capitão de mar e guerra Marcelo de Oliveira Sá, comandante da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), determinou uma série de recomendações. Uma delas prevê que a Autoridade Portuária de Santos (APS) apresente levantamentos hidrográficos do canal a cada três meses.
 
Na prática, a estatal que administra o Porto de Santos deverá informar periodicamente as profundidades de todos os trechos do canal de navegação. Caso contrário, não será permitido o tráfego dos navios entre 340 e 366 metros de comprimento.
 
Para que as manobras de entrada e saída desses cargueiros sejam realizadas, os ventos devem der se até 15 nós, o equivalente a 28 quilômetros por hora, uma brisa moderada. A visibilidade deve ser maior do que 1 milha náutica, cerca de 1,8 quilômetro, no estofo da maré.
 
As manobras deverão ser realizadas por dois práticos, sendo que um deles deve ter uma especialização específica para a condução de grandes cargueiros. Os profissionais deverão portar o Portable Pilot Unit (PPU), um tablet que auxilia as operações com dados.
 
De acordo com a Autoridade Marítima, ao longo de todo o canal, as manobras deverão ser realizadas em velocidade máxima de 7 nós, 12,9 quilômetros por hora. O objetivo é minimizar os efeitos da interação hidrodinâmica com os navios já atracados.
 
“Existem algumas recomendações importantes que devem ser observadas pela Autoridade Portuária em termos de infraestrutura para evitar a interação hidrodinâmica”, afirmou o comandante Sá.
 
Já nos pontos considerados críticos, entre os armazéns 38 e 39, na Ponta da Praia, no TEG/Teag, na Margem Esquerda (Guarujá), e no trecho entre Outeirinhos e o Armazém 12A, no Paquetá, a velocidade deve ser ainda menor, de 11,1 quilômetros por hora ou 11 nós.
 
As manobras deverão contar com dois rebocadores com 70 toneladas e 60 toneladas de tração, respectivamente. Nas doze primeiras manobras (duas de entrada e duas de saída para cada um dos três terminais de contêineres do cais santista), deverão ser mantidos dois rebocadores de reserva para evitar efeitos hidrodinâmicos.
 
Durante a entrada e a saída de navios com mais de 340 metros do Porto de Santos, a travessia de balsas será interrompida e as embarcações deverão permanecer em suas gavetas.
 

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