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Novas medidas restritivas podem manter fretes elevados e pressionar inflação no Brasil

Fonte: Portos e Navios
 
Além da nova onda da Covid-19, alguns setores ainda estão com limitações com o isolamento de trabalhadores, o que tem provocado atrasos nos transportes.
 
Mesmo com a retomada da economia ao redor do mundo a partir do segundo semestre de 2020, diversos setores ainda continuam com restrições, afetando diretamente sistemas de transporte e portuários. Além disso, a nova onda do coronavírus (Covid-19) e o anúncio de lockdown (restrições) em alguns países vêm mantendo os fretes marítimos elevados o que, para o especialista no tema e advogado na Promare, Larry Carvalho, podem pressionar a inflação no Brasil.
 
Carvalho explicou que setores da economia continuam impossibilitados de trabalhar com 100% da sua mão de obra. Por esta razão, ele afirmou que setores portuários e também transporte rodoviário vêm sofrendo com “delays”, isto é, atrasos. Isso tem feito com que o contêiner demora mais a sair do porto, bem como a retornar vazio.
 
Ele disse que especialistas utilizam o termo “tempestade perfeita” para se referir ao fato de que todos os players foram afetados pelo atual contexto. “A junção de todos os problemas decorrentes da Covid foram essa tempestade perfeita”, frisou. Assim todas as partes foram afetadas, provocando um efeito em cadeia e a consequente escassez de contêineres.
 
Desse modo, Carvalho acredita que poderá haver uma retração no valor do frete, ainda muito alto, após o ano novo chinês que será na segunda semana de fevereiro. Entretanto, caso novas medidas de lockdown sejam implantadas, a situação pode piorar. Assim, o frete deve permanecer pressionando a inflação no Brasil.
 
No pior momento da crise sanitária, no primeiro semestre de 2020, ele lembrou que de um lado consignatários abandonaram cargas ou demoraram a nacionalizar devido às medidas restritivas, como o isolamento, do outro, transportadores eliminaram rotas deficitárias e cancelaram rotas. E o setor portuário e rodoviário sofreu com maior lentidão.
 
A medida tomada pelos transportadores, segundo ele, foi visando à sobrevivência com contenção de despesas e manutenção de fluxo de caixa, principalmente diante do cenário inicial da pandemia. Atualmente o quadro ainda vem sendo observado por especialistas e armadores, tendo em vistas novas medidas restritivas.
 

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