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Em seminário, Doria alfineta BS ao lamentar que prefeitos não seguiram o Plano SP

Fonte: Diário do Litoral
 
Primeiro encontro virtual entre o governador João Doria e os prefeitos eleitos em novembro do ano passado marcou a manhã desta quarta-feira
 
Os prefeitos da Baixada Santista foram criticados por João Doria (PSDB) durante a manhã desta quarta-feira (6) em seminário que reuniu o governador do Estado de São Paulo e todos os chefes do Executivo eleitos durante novembro de 2020. Sem citar nomes em específico, ele afirmou que alguns prefeitos, aproximadamente 20, decidiram ignorar as medidas preventivas do Plano SP durante as festas de Réveillon e que isso é inaceitável em um Estado como São Paulo, mesmo que sejam duas dezenas.
 
O governador realizou o encontro virtual às 11h e contou com a presença dos 645 prefeitos eleitos para o mandato 2021-2024. Entre os temas apresentados estiveram a política econômica do Estado, o Plano São Paulo e o Plano Estadual de Imunização. Além dos prefeitos, o evento também contou com a participação da primeira dama, Bia Doria, de secretários estaduais e membros do Centro de Contingência do Coronavírus.
 
Logo na abertura do evento, que foi aberto e transmitido ao público pelas redes sociais do Governo do Estado, Doria aproveitou a oportunidade para criticar todas as Prefeituras que decidiram ignorar as medidas de saúde impostas de forma urgente e que colocaram todas as cidades na Área Vermelha do Plano SP, atitude a qual impediria a abertura de todo e qualquer comércio que não fosse considerado essencial. 
 
"Alguns poucos prefeitos e prefeitas não agiram como deveriam. Foram poucos, mas nós esperamos que estas exceções não mais aconteçam. Não é cabível num Estado como São Paulo termos poucas exceções, menos de 20, de prefeitos e prefeitas que não seguiram as orientações do Governo de proteger a vida de seus munícipes e/ou dos visitantes dos seus municípios sob qualquer alegação. Não há alegação maior do que a vida, independente de sua condição e cristão, evangélico, seja qual for", afirmou Doria.
 
A ordem do peessedebista que determinava que só serviços essenciais poderiam funcionar de 25 a 27 de dezembro de 2020 e de 1º a 3 de janeiro de 2021 foi dada poucos dias antes do Natal. Apesar disso, pelo menos 13 prefeituras decidiram ignorar e não cumpriram a ordem sob a alegação de que não haveria tempo hábil para colocá-la em prática porque donos de comércios e outros estabelecimentos já haviam se preparado para as datas levando a Zona Amarela em consideração. Santos, São Vicente, Bertioga, Cubatão, Praia Grande, Guarujá Caraguatatuba, lhabela, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Ubatuba e São Sebastião foram alguns dos municípios que decidiram não adotar as medidas impostas pelo Estado.
 
Além disso, o secretário do Estado de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, voltou a cogitar sobre levar os casos das 'desobediências' ao Ministério Público e afirmou que as cidades que decidirem ignorar ordens do governador podem ser enviadas para o fim da fila de atendimentos ao tratar de pedidos para diversas áreas fundamentais, mas fora da saúde.
 
AÇÃO
 
Ainda durante o seminário, Doria apresentou o Plano de Estadual de Imunização contra o coronavírus aos prefeitos. A estratégia das autoridades estaduais é iniciar a imunização contra a COVID-19 em todas as regiões do Estado no dia 25 de janeiro.
 
"A saúde é a prioridade absoluta. Lamentavelmente, todos os 215 países estão enfrentando uma segunda onda desse vírus e isso exige cuidado, zelo, disciplina, perseverança, determinação e coragem para fazer o que precisa ser feito", disse Doria.
 
O Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, listou aos prefeitos os detalhes do plano. A primeira etapa de vacinação vai priorizar profissionais da saúde, pessoas com 60 anos ou mais e grupos indígenas e quilombolas. A expectativa do Estado é que 9 milhões de pessoas sejam imunizadas na primeira etapa, com a aplicação de 18 milhões de doses, até o dia 18 de março.
 
A campanha coordenada pela Secretaria Estadual da Saúde em parceria com os 645 municípios paulistas visa dobrar o total de postos de vacinação dos atuais 5,2 mil para até 10 mil. A estimativa é de que a vacinação envolva cerca de 79 mil profissionais, com 54 mil trabalhadores do setor da saúde e 25 mil agentes da segurança pública para garantir a segurança da população e evitar aglomerações nos locais de imunização.
 
O seminário também teve a participação dos Secretários de Estado Marco Vinholi (Desenvolvimento Regional), Henrique Meirelles (Fazenda e Planejamento), Mauro Ricardo (Projetos, Orçamento e Gestão), Patricia Ellen (Desenvolvimento Econômico), Coronel Walter Nyakas Júnior (Casa Militar e Defesa Civil), Célia Parnes (Desenvolvimento Social), do Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e da Presidente do Fundo Social de São Paulo, a Primeira-Dama Bia Doria.
 
O Secretário da Fazenda destacou o atual momento econômico de São Paulo e as perspectivas para retomada da economia em 2021. A pandemia impactou a economia paulista, mesmo em setores que não foram afetados pela quarentena. Com a retomada gradual das atividades econômicas sob as diretrizes do Plano São Paulo, o PIB paulista voltou a crescer.
 
Em outubro, Doria apresentou o programa Retomada 21/22, com previsão de R$ 36 bilhões para impulsionar a economia do estado e gerar cerca de 2 milhões de empregos. Segundo Meirelles, a iniciativa inclui 19 projetos para atração de investimentos privados nacionais e estrangeiros em todas as regiões do estado.
 
Já a Secretária de Desenvolvimento Econômico respondeu a dúvidas dos prefeitos sobre o Plano São Paulo. Já o Secretário de Projetos, Orçamento e Gestão apresentou aos prefeitos sugestões de medidas iniciais para ajuste fiscal, redução de despesas gerais e incremento de receitas.
 
PARCERIAS
 
O Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, anunciou o lançamento de uma plataforma exclusiva para as prefeituras no site www.parceriasmunicipais.sp.gov.br. A ferramenta digital é importante no apoio aos gestores municipais e oferece diagnósticos de cada município ante indicadores estaduais, além de possíveis convênios com o Estado, uma agenda de cursos de capacitação e o desempenho de cada cidade no programa desde 2019.
 

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