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ES oferece servidores à União para destravar cargas no Porto de Vitória

Fonte: A Gazeta
 
O governo do Espírito Santo ofereceu ceder 10 servidores técnicos, sendo oito agrônomos e dois veterinários, para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com o objetivo de ajudar a reduzir a fila de cargas, da área vegetal, paradas no Porto de Vitória.
 
Nos últimos meses, tem sido frequente a reclamação de empresários e representantes do setor do comércio exterior em relação ao tempo de desembaraço de produtos que chegam pelos terminais capixabas.
 
A demora no trâmite traz alguns reflexos para o setor produtivo: os custos de armazenagem ficam mais elevados, as empresas acabam não conseguindo cumprir prazos junto a clientes e até mesmo começam a optar por operações alternativas, como descarregar suas mercadorias em portos vizinhos, a exemplo do Rio de Janeiro, e trazer a carga por rodovia para o Espírito Santo, o que, em muitos casos, eleva o custo do frete.
 
A lentidão para liberar as mercadorias foi justificada pelo superintendente do Mapa no Espírito Santo, Aureliano Nogueira da Costa, em entrevista à TV Gazeta, no final de novembro. Na ocasião, ele explicou que a demanda havia aumentado significativamente, que havia mais de 1.500 processos em análise e que o órgão estava com redução do seu quadro de colaboradores em função da pandemia do novo coronavírus.
 
A coluna procurou o Mapa para saber sobre a situação atual do desembaraço no Porto de Vitória e também se o governo federal irá aceitar o suporte oferecido pelo governo capixaba. Até o momento desta publicação, entretanto, não teve retorno. Tão logo houver uma resposta, este conteúdo será atualizado.
 
Segundo uma fonte, a mobilização estadual envolve as secretarias de Agricultura (Seag) e Desenvolvimento (Sedes), além do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf). A ideia de compartilhar os profissionais, sem um tempo determinado, tem o intuito de acelerar os processos no órgão federal e ajudar na retomada da economia, especialmente dada a vocação capixaba para o comércio exterior.
 
Diante do quadro de dificuldade operacional por parte do Mapa, esse é o tipo de cooperação que não se espera uma resposta negativa. Afinal, uma potencial recusa aos servidores para o trabalho seria uma forma de recusar a melhoria de condições para a recuperação da atividade econômica. O ambiente de negócios em 2020 já está demasiadamente desafiador em virtude da pandemia da Covid-19. No momento, qualquer solução é bem-vinda. Essa é uma delas. Tomara que não seja desperdiçada!
 

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