Sindaport na Mídia

Portuários não aprovam intervalo de 11 horas e cruzam os braços

Fonte: A Tribuna - 29/05/2012

Os trabalhadores portuários decidiram cruzar os braços no início da tarde desta terça-feira, quando entrou em vigor a nova regra de jornada de trabalho no Porto de Santos, que prevê 11 horas de descanso entre cada início de expediente. 
 
De acordo com o Robson Apolinário, presidente licenciado do Sindicato dos Operários e dos Trabalhadores Portuários em Geral nas Administrações dos Portos, Terminais Privativos e Retroportos do Estado de São Paulo (Sintraport), “a sistemática vai travar a escalação no Porto de Santos”. Segundo ele, a paralisação segue por tempo indeterminado. 
 
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) disciplina a distribuição de serviço no cais e dificulta a dobra de jornada. 
 
O assunto também foi tema de reunião entre os sindicatos, o prefeito João Paulo Papa (PMDB) e promotores do Ministério Público do Trabalho. 
 
“Estivemos aqui para negociar porque é importante que o Porto volte a operar. O que eu peço é agilidade”, disse o prefeito. 
 
Segundo o subprocurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Roberto Curado Fleury, o intervalo de 11 horas visa também a melhor distribuição de trabalho para as cargas. “Só falta o Porto de Santos aderir. No País, todos os trabalhadores cumprem o intervalo de 11 horas”. 
 
Procurado, o Orgão Gestor de Mão de obra (Ogmo) informou que já implantou o novo sistema. A nova escala leva em consideração o tempo de descanso previsto no TAC. 
 
Nesta quarta-feira, será realizada uma nova reunião para fechar a convenção coletiva de trabalho dos portuários, que, segundo os sindicalistas, se for fechada, sobrepõe o TAC em vigor. 
 
A Codesp informou que dos 27 navios atracados no Porto de Santos, apenas seis operam porque são de granéis líquidos e não precisam de mão de obra avulsa. No momento, 21 embarcações estão paradas.

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