Artigos e Entrevistas

A crise política e os riscos à democracia

Fonte: Sindaport / Everandy Cirino dos Santos 



“A Democracia não corre, mas chega segura ao objetivo.” (Johann Goethe)
 
Até bem pouco tempo atrás era comum, as pessoas quando reunidas em grupo, afirmarem que não gostavam de falar de Política.
 
Hoje em dia, em qualquer reunião familiar ou de amigos, o assunto Política é discutido com a mesma ou até mais paixão, que há tempos atrás se discutia o futebol.
 
Muitos de nós já devem ter presenciado que uma pequena festinha de família acaba numa discussão acalorada, porque alguns tentam defender ou explicar as atitudes do lado A ou lado B. Infelizmente, normal que isso aconteça, porque sempre a emoção acaba se sobrepondo a razão.
 
Normal também que companheiros e associados do Sindaport perguntem qual a posição da diretoria sobre o atual cenário na política brasileira.
 
Apesar de óbvia, a resposta não poderia ser outra. Evidente que o Sindaport nunca poderia compactuar com atos ilícitos e desde que, devidamente comprovados, os respectivos responsáveis devam responder por seus atos.
 
O calor da emoção dificulta, por exemplo, uma avaliação mais fria sobre a indicação do ex-presidente Lula para o cargo de Ministro Chefe da Casa Civil. Será que, especificamente para nós do setor portuário, empregados ou ex-empregados da Codesp, empresa de economia mista do Governo Federal, ou também, participantes do Fundo de Pensão Portus, seria ou não positivo ter “Lula” como importante interlocutor junto ao Governo Federal?
 
No momento de crise política em que vive o Governo Federal, precisando de todo e qualquer apoio, teríamos ou não, um maior e melhor poder de negociação? Tanto nas discussões dos mais variados grupos, como na mídia, um assunto ainda não é discutido. A atual crise política pode trazer riscos ao nosso Regime Democrático?
 
“Um voto tem mais força que um tiro de espingarda.” (Abraham Lincoln).
 
Brilhante a entrevista do ex-senador e ex-prefeito do Rio de Janeiro, Saturnino Braga, na sexta feira à noite (18) ao Globo News Dossiê. Na entrevista, ele retrata com propriedade o paralelo entre o atual momento na política brasileira, com o período que antecedeu o golpe militar de 1964.
 
Mesmo entendendo que ainda não ha indícios que pode ocorrer um golpe militar, está claro que risco existe, sim. A maioria absoluta das pessoas que participa hoje dos protestos nas ruas, seja a favor ou contra o Governo da presidente Dilma Rousseff, não viveram a época do regime de exceção após o golpe militar de 64 ou após o Ato Institucional nº 5, de 1968.
 
Que a atual disputa política e a batalha judicial sejam desenvolvidas e resolvidas dentro das regras democráticas já estabelecidas. Que o lado ganhador saiba respeitar o resultado e que o País possa seguir seu rumo sem ter uma guerra declarada entre nós brasileiros e sem a necessidade de uma intervenção militar.
 
“Ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos.”  (Winston Churchill)
 

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Comentários (2)

ALUISIO S MOREIRA
Data: 23/03/2016 - 16h08
SATURNINO, UMA DAS GRANDES REFERÊNCIAS TÉCNICAS E POLÍTICAS QUE TÍNHAMOS, NESSA ENTREVISTA, DECEPCIONOU-NOS, A MIM E GRANDE PARTE DA MINHA GERAÇÃO, EM SUA RESPOSTA SOBRE A ABORDAGEM DE RECEBIMENTO DE VALORES DAS EMPREITEIRAS.
SATURNINO DEU SINAIS QUE PODERIA USAR OS VALORES OFERECIDOS PARA A SUA CAMPANHA.
GRANDE PARTE DA SOCIEDADE NÃO RECEBE ALÉM DO QUE FAZ, AS VEZES RECEBE BEM MENOS, E COM ESSES, AS EMPREITEIRAS OU QUALQUER FORNECEDOR NÃO TÊM CORAGEM DE NEM OFERECER, A SOCIEDADE NÃO DÁ ESPAÇO PARA ESSES DESVIOS.
ALUISIO S MOREIRA
Data: 23/03/2016 - 16h07
SATURNINO, UMA DAS GRANDES REFERÊNCIAS TÉCNICAS E POLÍTICAS QUE TÍNHAMOS, NESSA ENTREVISTA, DECEPCIONOU-NOS, A MIM E GRANDE PARTE DA MINHA GERAÇÃO, EM SUA RESPOSTA SOBRE A ABORDAGEM DE RECEBIMENTO DE VALORES DAS EMPREITEIRAS.
SATURNINO DEU SINAIS QUE PODERIA USAR OS VALORES OFERECIDOS PARA A SUA CAMPANHA.
GRANDE PARTE DA SOCIEDADE NÃO RECEBE ALÉM DO QUE FAZ, AS VEZES RECEBE BEM MENOS, E COM ESSES, AS EMPREITEIRAS OU QUALQUER FORNECEDOR NÃO TÊM CORAGEM DE NEM OFERECER, A SOCIEDADE NÃO DÁ ESPAÇO PARA ESSES DESVIOS.

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