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Novo PCCFC já causa polêmica na Codesp

Fonte: AssCom Sindaport / Denise Campos De Giulio

 
Com o objetivo de requerer a devida alteração das nomenclaturas dos cargos da Guarda Portuária no novo PCCFC, a diretoria do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport) encaminhou ofício ao ministro da Secretaria de portos (SEP), Edinho Araújo.
 
De acordo com o novo PCCFC, em análise no Conselho de Administração da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Consad), todos os cargos e funções comissionadas sofrerão alterações em suas terminologias, bem como serão redistribuídos em razão do organograma que está sendo implementado na estatal portuária.
 
"A mudança dos termos técnicos das funções existentes na empresa é louvável sob vários aspectos no âmbito do mercado corporativo, porém, a mudança na nomenclatura da corporação “Guarda Portuária” ou mesmo a sua descaracterização, desconstrói toda a história criada ao longo de mais de um século de existência", afirmou o 1º secretário do Sindaport, Edilson de Paula Machado.
 
De acordo com o dirigente, o tratamento atribuído pela Codesp não pode ser isonômico. "No caso específico da Guarda Portuária devem ser observadas as peculiaridades de sua cadeia hierárquica de maneira que sejam preservadas as características das funções, que são únicas e diferenciadas dentro da empresa", avaliou.
 
Um dos pontos polêmicos refere-se ao nome atribuído à Superintendência da Guarda Portuária, que foi rebatizada pelo novo organograma da Autoridade Portuária por Segurança Portuária, cuja alteração, segundo Edilson, poderá descaracterizar a centenária corporação utilizando-se de apenas uma de suas inúmeras atribuições, no caso a segurança, para representar a histórica GPort dentro da nova estrutura organizacional da Codesp. 
 
 
Na avaliação do sindicalista, a reestruturação proposta pela Codesp deve continuar valorizando seu material humano. "Tendo em vista de que a direção da estatal está imbuída em alavancar a qualidade de seus serviços e elevar ao mais alto nível o nome da empresa, entendemos que a preservação de alguns quadros que ajudaram a colocar o nome da empresa numa posição de destaque no cenário nacional é de fundamental importância, e certamente a Guarda Portuária é um deles".
 
Cópia do expediente também foi enviada ao diretor do  Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), bem como ao presidente do Consad, Guilherme Penin Santos de Lima, ao presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Jean Paul Castro e Silva, além do mandatário da Codesp, Angelino Caputo e Oliveira.
 
Sobre o tema, o Sindaport está solicitando a interferência da Federação Nacional dos Portuários (FNP), através de seu presidente, Eduardo Guterra, e dos demais sindicatos portuários, com destaque os que representam os empregados das companhias docas públicas do Rio de Janeiro e do Pará, que ao lado da Codesp serão as primeiras a terem implementadas o já polêmico PCCFC.
 

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